Por Renata Amaral
Fotos de Tatiana Carvalho
A terceira mesa do Controversas t foi marcada por críticas à imprensa, conversas descontraídas e conselhos aos estudantes. Os professores Ildo Nascimento e Clarissa Gonzalez, do curso de Comunicação/Jornalismo da UFF, mediaram um debate instigante e politicamente incorreto entre o desenhista André Dahmer e o cartunista Renato Aroeira sobre as imagens produzidas na cobertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Nem Dahmer, que publica na Folha de S. Paulo, nem Aroeira, atualmente no jornal O Dia, escondem o posicionamento contrário ao atual governo e à manobra política que tirou a presidente Dilma do poder. E ambos se ressentem do fato de a imprensa ter, majoritariamente, apoiado essa manobra.
“Por que não existem cartunistas de direita? Porque é preciso inteligência para trabalhar com isso. E se você é inteligente, você não vai ser de direita”, disparou, sarcástico, André Dahmer – autor da tirinha Malvados.
“Está ficando cada dia mais difícil trabalhar em jornal grande. Porque todo jornal tem dono, e todo dono tem agenda. E essas agendas modificam as pautas”, analisou Aroeira.
Dahmer assegurou, contudo, que nunca foi pautado pelos veículos em que trabalhou. “Nunca fui pautado, tampouco censurado". Mesmo assim, na opinião dele nunca foi tão difícil ser jornalista no Brasil.
Os convidados aproveitaram para convocar os estudantes presentes na Sala Interartes da UFF. Para eles, está na hora dos futuros jornalistas se unirem para realizar uma frente contra as forças conservadoras que assolam o país. Para Dahmer, a ideia é fazer um jornal de resistência, assim como o Pasquim, na época da ditadura. “Gostaria muito que a gente conseguisse barrar esse maldito golpe”, concluiu Aroeira.
Fotos de Tatiana Carvalho
André Dahmer, polêmico como suas tirinhas |
Nem Dahmer, que publica na Folha de S. Paulo, nem Aroeira, atualmente no jornal O Dia, escondem o posicionamento contrário ao atual governo e à manobra política que tirou a presidente Dilma do poder. E ambos se ressentem do fato de a imprensa ter, majoritariamente, apoiado essa manobra.
Para Aroeira, as agendas dos veículos interferem |
Os mediadores Clarissa Gonzales e Ildo Nascimento |
Dahmer assegurou, contudo, que nunca foi pautado pelos veículos em que trabalhou. “Nunca fui pautado, tampouco censurado". Mesmo assim, na opinião dele nunca foi tão difícil ser jornalista no Brasil.
Os convidados aproveitaram para convocar os estudantes presentes na Sala Interartes da UFF. Para eles, está na hora dos futuros jornalistas se unirem para realizar uma frente contra as forças conservadoras que assolam o país. Para Dahmer, a ideia é fazer um jornal de resistência, assim como o Pasquim, na época da ditadura. “Gostaria muito que a gente conseguisse barrar esse maldito golpe”, concluiu Aroeira.
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