Por Aline Ventura
Fotos de Mari Chamon
Fotos de Mari Chamon
Mário, André, Manu, Mariana, Carolina, Wladimir e Gabriela |
O Controversas sobre a cobertura da imprensa ao impeachment terminou com a participação de cinco ex-alunos na mesa "Prata da Casa". Pela primeira vez em 12 edições o debate foi mediado por universitários que ainda estão no curso de Jornalismo. Wladimir Lênin e Gabriela Antunes foram os responsáveis por receber os já formados Mário Cajé, André Coelho, Manoela Mayrink, Mariana Pitasse e Carolina Araujo.
Os cinco jornalistas falaram rapidamente sobre suas respectivas trajetórias profissionais. Manoela Mayrink, que atualmente apresenta o programa "Você na MPB", da Rádio MPB FM, e produz vídeos para seu canal no YouTube, falou sobre a importância de se abrir a diversas áreas do jornalismo. Após uma experiência de três meses na BandNews, a jornalista disse que não é preciso estar "restrito ao hard news". Ela mesma não se identificou com a cobertura diária de notícias e foi se identificar pela atividade de apresentadora. O que ela mais ama no trabalho, hoje, na MPB, é a possibilidade de aprender com artistas que admira. "Outro dia eu entrevistei o João Bosco! Pensei: outro dia estava lá em Saquarema pensando em fazer jornalismo e agora estou aqui entrevistando esse cara".
André Coelho, Manu Mayrink e Mariana Pitasse na UFF |
Cientes das dificuldades encontradas no mercado de trabalho tanto por jornalistas quanto por estudantes, os ex-alunos e o público que assistia à mesa debateram também sobre a possibilidade de recorrer à academia como alternativa à vida profissional. Mariana Pitasse, além de trabalhar para o Brasil de Fato, faz mestrado no Programa de Pós-Graduação Mídia e Cotidiano, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Ela contou que é puxado conciliar as duas atividades, mas está sendo possível.
Mário Cajé foi contratado pela Globonews |
Para André Coelho, da Rádio CBN, o jornalista deve experimentar profissionalmente tudo que for possível. "Se a gente pode dar algum conselho, é: tente o máximo que você puder. Não dá para prever o que vai vir pela frente", afirmou o repórter, em referência à crise política e econômica do país que abala também o mercado de jornalismo. Carolina Araújo, atualmente na Máquina Cohn&Wolfe, contou que sempre quis trabalhar em assessoria de imprensa e está satisfeita com a escolha. Ela relembrou com carinho da passagem pela faculdade.
Carolina Araújo: feliz com o mercado de assessoria |
Questionados sobre o legado mais importante deixado pela UFF em suas vidas, os ex-alunos foram unânimes ao apontar o senso crítico como a parte mais desenvolvida pela universidade. "O maior legado que eu tenha da UFF é o pensamento crítico, abrir a mente. O aprendizado técnico é no mercado", disse Mário Cajé, editor do programa Sem Fronteiras, da GloboNews.
O encontro entre alunos, ex-alunos e professores terminou com um polêmico e divertido debate sobre o choque de gerações entre os chamados "millennials" e seus antecessores. Os mestres presentes na plateia questionaram um suposto pioneirismo da atual geração em não colocar o trabalho em primeiro plano. "Também queremos ser felizes", disse em tom de brincadeira a professora Larissa Morais, depois de Mário Cajé falar que a busca de felicidade e realização pessoal era uma prioridade para a geração dele. A também professora Sylvia Moretzsohn concordou com a colega: "Isso não é exclusividade da geração de vocês". Os ex-alunos reforçaram a ideia de que, para eles, a carreira era importante, mas não o principal da vida.
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